domingo, 20 de novembro de 2016

Parça

Poesia marginal? 
Nada. 
Apenas marginalizada
por aqueles que não suportam
a realidade falada 
pela voz da juventude
que tá cheia de atitude
e de luz no coração. 
É o rap focado do Brazza
e o poema forte da Romão. 

Poesia da praça, 
da massa, 
das marginais
na luta pra colocar vírgulas
onde inventaram pontos finais. 

Voz do povo. 
Voz em rima. 
Estudo a voz da mina, 
do preto, 
do esquecido, 
daquele que enfrenta o velho algoz
que insiste violentamente
em ignorar sua voz. 
Não tomo o lugar delas nem deles. 
Sem papo de apropriação, 
é questão de empatia
definindo a poesia:
O livro do Igor. 
A luta feminista. 
A consciência negra. 
O skate na pista. 
O orgulho LGBT. 
Aquilo que "ninguém" vê. 
A ocupação do estudante. 
A raça do desafiante. 
O conhecer dos erros feitos. 
A correção dos seus efeitos. 

Parça, 
o amor é poesia e
não custa mostrar seus versos pro mundo. 

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