segunda-feira, 2 de maio de 2016

Mãe

Ô, Rainha
melhor amiga minha
meu orgulho, meu grude
minha porção de fé.
Padroeira, guerreira,
doceira, boleira... 
Quem diz que cê é só isso
não te conhece, mulher.

Madrugada que passa e 
você que me abraça
dizendo que logo passa
receitando um remédio
contando história 
chamando de parça
pra tirar nosso tédio.
E são muitas viradas
ao som de risadas
e almas trançadas
só nós e mais ninguém
além da TV de fundo que
você até hoje não dorme sem.

Jovem, ousada
indo atrás de sonho
nem aí pra pagar de recatada.
Do bar, do lar, de qualquer lugar
meu lar
linda não como princesa da Disney
longe do que dizem.
Nem bate palma pra ser uma Cinderela
sabe ser maravilhosa
de um jeitinho que é só dela.

Em meia hora chego aí
mas invento de dar mancada
criança apaixonada 
pelos amigos daqui.
É festa, fut, play
cê deve pensar "sei... pirei!".
Esperou a semana inteira e
eu devo tá de brincadeira
ouvindo Emicida, de mal
inventando até sono
pra fugir de lavar quintal.

Só não fujo de você
meu anjo, meu bem querer que 
sabe tudo que eu penso
desde antes de me ver.
Já podia escrever por extenso:
"calmo e tenso
como eu... Nasceu.".
Nasci e 
posso escrever aqui que
calma e tensa
como eu queria
Mãe
cê nasce em mim é todo dia.

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