Domingo de pressão.
Depressão.
Longe do tédio da moda
perto de aulas de moda e
reportagens que apresentam aos olhos
altas concentrações de soda.
Só dá o sofrimento
de quem jamais vai assistir
porque nem vai estar aqui
vendo morrer a própria vida
com direito à trilha sonora
na notícia da semana
em HD às nove horas.
O famoso horário nobre
campeão em audiência
vai ao pódio com a queda das lágrimas de pobre e
histórias de carência que
embrulham milhões em malotes.
O pedido é por comida e
o presente é holofote.
Forte.
E vem do alto.
A cidade é planejada e
a ponte bem pensada:
em cima é pra carro e moto e
embaixo gente hospedada.
A doença é uma tal de obsessão por posse.
O sonho de um dono de cobertura na Sul
deve ser explodir o João Rossi.
Vai dizer que tudo é vento.
Vai dizer que ainda há tempo.
Mas até pro desatento
soa óbvio o sinal:
as costas de gente de bem
são terras férteis pro vasto cultivo
de sociedades que vão mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário