sexta-feira, 15 de abril de 2016

E salvo

Peço desculpas aos fascistas, globais, perdidos e aos vendidos.
Peço desculpas ao presidente da Câmara dos Deputados e aos barões donos de estados.
Peço desculpas ao meu pai e à "religiosa" bancada, que de Jesus não leva nada.
(Que ótimo seria se tivesse, mas por ganância até Cristo desaparece...).
Peço desculpas ao orgulhoso desinformado e ao militarista desengonçado.
Aos "fãs" de figuras extremistas, mesmo que não tenham culpa, peço desculpa.
A quem imagina que o Brasil, em um único domingo, se tornará paraíso, peço desculpa e aconselho juízo.

Ao que é oposição
e carrega consigo 
que situação é inimigo
(um perigo)
e vice-versa
peço desculpas.

Peço mil desculpas, perdão divino, me curvo aos pés
daquele que acredita em verdade midiática e se sente bem informado
dentro de um país dominado por grupos fechados
ao debate, diálogo, e a outras fés.
Imploro o perdão daquele que acredita, por algum motivo,
que sabe de tudo. Diante de sua voz, deveria fazer-me mudo. Mas não mudo.
Peço desculpas a todos vocês. Por tudo.

Também peço desculpas ao sonetista que, ao olhar pra esse texto
acreditará estar perto de qualquer coisa, até mesmo de um problema de vista,
mas jamais de um poema.
Que dilema...
Espero estar desculpado por todos citados, por minha tamanha ignorância.
Pois devo ser, por não segui-los demais, demasiadamente ignorante.
Me desculpem por não torná-los meus símbolos representantes.
E se a algum desses ainda devo satisfação:
aos meus curtos dezessete, permaneço suficientemente são. 

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